Problema representa cerca de 95% de todos os casos de câncer de pele
Incomodada com uma suposta espinha no nariz que não sarava, a jornalista e apresentadora Marília Gabriela, de 72 anos, buscou ajuda de um dermatologista e acabou descobrindo que a espinha, na verdade, era um carcinoma basocelular.
Trata-se de um dos mais comuns e incidentes cânceres de pele que é responsável por cerca de 95% dos casos da doença. Mas que, assim como outros, quando descoberto no início tem maiores chances de cura e baixa letalidade.
Este tipo de câncer costuma surgir com mais frequência em regiões que sofrem maior exposição ao sol, como rosto, orelhas, nariz, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas e atinge mais pessoas após os 40 anos e, principalmente, as que possuem pele e olhos claros, cabelos loiros, que se expõem ao sol excessivamente.
Por isso, a dermatologista Angélica Pimenta faz um alerta para quem toma muito sol quando jovem, antes dos 30 anos. “É uma faixa etária que não se preocupa muito com fotoproteção e isso acaba repercutindo na pele após os 40 anos”, explica.
O carcinoma basocelular pode aparecer em qualquer idade e, por isso, é muito importante identificar os primeiros sinais de aparição da doença. Ter um diagnóstico preciso a partir da avaliação de um médico especializado é muito importante.
“Em alguns casos, o carcinoma também pode se assemelhar a lesões não cancerígenas, como eczema ou até mesmo psoríase, o que acaba confundindo o paciente. Por isso, é fundamental procurar um especialista assim que perceber algo estranho. Por ser especialista no assunto, somente um médico dermatologista poderá oferecer todas as orientações e protocolos para proteger a saúde da pele do paciente”, orienta a dermatologista Angélica Pimenta.
Prevenção
A recomendação para evitar que esse tipo de câncer se desenvolva é usar protetor solar. “O indicado é utilizar um filtro com fator de proteção maior do que 30 e também evitar a exposição em horários de sol intenso. Uso de chapéus, roupas com proteção UV e protetor labial também são algumas dicas para a saúde da pele”, explica Angélica.
Tratamento
Na maioria dos casos, de acordo com a dermatologista Angélica Pimenta, o tratamento é feito por meio de cirurgia a laser para eliminar e retirar todas as células malignas, impedindo que elas continuem se desenvolvendo.
A médica também reforça a importância de investir em consultas de revisão para fazer novos exames e avaliar se o câncer continua crescendo ou se ficou completamente curado. Porém, quando a cirurgia não é suficiente e o carcinoma continua crescendo, pode ser necessário fazer algumas sessões de radioterapia ou quimioterapia para conseguir atrasar a evolução e eliminar as células malignas que continuam se multiplicando.