Rejuvenescimento íntimo: procedimento vai além da estética e proporciona benefícios para a saúde da mulher

Dra. Angélica Pimenta

Os efeitos do envelhecimento estão presentes em todas as partes do corpo, inclusive na região íntima, que também sofre com a perda de colágeno e elasticidade. Novas tecnologias, como o laser, podem ajudar a recuperar o viço de forma rápida e eficaz. E as mulheres estão cada vez mais em busca do chamado rejuvenescimento íntimo.

A prova disso é que a procura pelo rejuvenescimento íntimo cresceu 250% nas pesquisas do Google. O procedimento pode ser feito para melhorar a aparência da região íntima, deixando-a mais clara, como também para o tratamento de problemas como flacidez, incontinência urinária, candidíase de repetição, falta de lubrificação, dor na relação, entre outros.

Uma pesquisa recente feita pela Nielsen Brasil, a Intimus, e a Troiano Branding, com 398 mulheres de 16 a 45 anos de idade nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, mostrou que 68% das entrevistadas dizem ter alguma insatisfação com a região íntima.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a estética íntima e outros tratamentos genitais na mulher como alguns tipos de lasers (fracionado de CO2, por exemplo) podem ser utilizados para o rejuvenescimento da região íntima feminina, e para o tratamento de algumas alterações funcionais que aparecem na menopausa, como a incontinência urinária.

A dermatologista Angélica Pimenta, especialista em rejuvenescimento íntimo da clínica Caiena, em Rio Preto, explica que rejuvenescimento íntimo pode ser definido como um conjunto de técnicas e procedimentos médicos que é feito na região íntima com o objetivo de melhorar a parte estética e autoestima da mulher.

Segundo a médica, dentro do rejuvenescimento íntimo, podem ser usados vários tipos de técnicas e procedimentos para cada uma das queixas da mulher. “Se for um tratamento na região da vulva, usamos procedimentos como bioestimuladores, preenchimento, clareadores, lasers, tudo para tratar o que a paciente sente de inestético ou para melhorar a qualidade ali, na região íntima dela ou ainda visando melhorar a vida sexual dela. Muitas pacientes nos procuram no pós-menopausa ou pós-tratamento de câncer para diminuir a dor que sentem ao fazer exames, exames simples como Papanicolau, por exemplo, porque às vezes a paciente tem tanta atrofia na região que não é possível nem passar o espéculo, que sangra. Quando ocorre a reabilitação nestes casos, a resposta é maravilhosa”, diz Angélica.

A especialista explica ainda que o botox pode ser usado para diminuir o vaginismo, bioestimuladores para tratar flacidez, ultrassom microfocado para melhorar contração muscular, e preenchimento para deixar a região mais próxima do que era, em casos de flacidez ou em casos de reposicionamento da gordurinha que, às vezes as pacientes perdem. “Também usamos lasers para clarear a região, aparelhos para diminuir gordura local. Em alguns casos, dependendo da situação da paciente, pode ser indicado também cirurgias ou microcirurgias para diminuir assimetrias, como no caso de pequenos lábios maiores, que atrapalham a mulher em atividades corriqueiras, como esportes”, explica.

Os benefícios são múltiplos. “Imagine uma paciente que está com escape de urina, um tipo de incontinência, se ela espirra pode ter um escape, quando ela opta pelo procedimento, já na primeira sessão ela vê a diferença, já pode ir à academia, fazer exercícios físicos, sem sentir ou acordar com a calcinha molhada. É uma mudança drástica, resgate da qualidade de vida da pessoa”, explica a dermatologista Angélica Pimenta.

Diário da Região
Jéssica Reis
Publicada em 06.08.2021